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A Candidíase Mamária é um problema que pode surgir durante a amamentação. Você já ouviu falar?
Bem, se você é mulher, é bem provável que você já tenha tido candidíase vaginal alguma vez na vida. Se nunca teve, parabéns!
Tanto a candidíase vaginal quanto a mamária são causadas pelo mesmo fungo, o Candida albicans. Esse fungo faz parte da nossa flora, mas ele é oportunista. Então quando estamos com a imunidade baixa, ele consegue se proliferar.
No caso da candidíase vaginal, é uma coceira insuportável lá embaixo (na vulva e na vagina) e um corrimento esbranquiçado.
Já no caso da candidíase mamária, ela é mais complicada de ser diagnosticada. Ela vai surgir também quando o fungo encontra a oportunidade de se proliferar nas mamas, e essa oportunidade surge quando os mamilos estão feridos (o que é uma porta de entrada para esse bichinho).
Sinais e Sintomas
Geralmente a mulher que está amamentando refere os mamilos sensíveis e uma sensação de ardência. Os mamilos e aréolas podem estar mais vermelhos ou também descorados. Durante a mamada, a sensação é de fisgadas, pontadas, agulhadas, facadas…
O bebê também pode se infectar, mas a amamentação pode e deve ser mantida.
No bebê podem aparecer placas brancas dentro da boca, e ele também pode ter assaduras.
Tratamento
O tratamento é medicamentoso e deve ser orientado pelo médico. Pode ser pomada para passar no mamilo e no períneo do bebê, uma solução oral para passar dentro da boca do bebê e às vezes um comprimido antifúngico também é associado ao tratamento.
É importante que mesmo que o bebê não apresente os sintomas referidos que ele seja tratado junto com a mãe, para evitar a reinfecção.
Hoje em dia também é possível usar o tratamento do laser como coadjuvante para auxílio no tratamento da candidíase mamária.
O consumo de lactobacillus acidofilos, L. bifidos, L. reuteri também podem ser indicados para mãe e bebê, e auxiliar no tratamento.
Cuidados extras
Visando evitar a reinfecção é necessário atenção com todos objetos que entra em contato com a mama da mãe e a boca do bebê. Assim, sutiãs e fraldas de panos que entram em contato com a mama, devem ser trocados diariamente e lavados com água fervente. Deve-se evitar o uso de bicos artificiais (chupeta, mamadeira, bico de silicone). Mas, caso esteja usando, também é necessária grande atenção na higiene desses itens, sendo esterilizados também com água fervente.
Abafar a mama pode piorar a situação, já que os fungos gostam de lugar úmido e quente para se proliferarem. Assim, manter a mama arejada o máximo de tempo possível e também não usar conchas de amamentação e trocar com bastante frequência os absorventes de peito (e até mesmo não usá-los, se você se sentir confortável sem eles).
Na alimentação, evitar açúcares simples (como doces e farinha branca), pois são alimentos que favorecem o crescimento desse fungo. O consumo de probióticos também ajuda a recompor a flora normal do corpo (iogurte natural e kefir, por exemplo).
Prevenção
A prevenção da candidíase mamária está principalmente em acertar a pega do bebê no seio. Com a pega certa, não há ferimentos nos mamilos, que são a porta de entrada para esses bichinhos.
Caso haja uma ferida no mamilo, acertar a pega para a cicatrização ocorrer é primordial e evitar o uso de absorventes de peito e conchas, além de deixar as mamas arejadas sempre que possível.
Quando a candidíase se instala a cicatrização da ferida no mamilo acaba demorando muito ou até não ocorrendo enquanto a infecção não for resolvida.
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